Na sua visão de uma mobilidade sustentável para todos, o Grupo Renault assumiu o compromisso de propor, nas suas diversas gamas, modelos adaptados em termos de dimensões, peso, potência e autonomia, para todos os tipos de utilização, dando aos seus clientes a possibilidade de escolherem aqueles que respondem, plenamente e sem restrições, às suas necessidades, tanto na cidade como fora dela.
O Grupo Renault quer ir ainda mais longe amanhã, e por isso, apresenta o Morphoz, um concept-car exploratório, mas não só pois antecipa, igualmente, uma futura família de modelos elétricos da gama Renault.
Esta visão da mobilidade elétrica, e os futuros veículos da gama Renault em que ela se materializará, não poderiam existir sem uma base técnica dedicada. Assim, o Renault Morphoz é construído sobre uma inovadora plataforma modular, criada exclusivamente para modelos puramente elétricos, designada por CMF-EV, que foi desenvolvida no seio da Aliança e permite desenhar, conceber e fabricar veículos elétricos, com inúmeras vantagens relativamente a uma plataforma realizada para as motorizações de combustão interna ou para utilizações mistas térmica/elétrica.
Desde logo, em termos de estilo, a arquitetura inovadora da plataforma permite ao veículo dispor de uma distância entre eixos longa, com as rodas colocadas nos quatro cantos, e de um piso plano, o que permite apresentar veículos com novas proporções.
O motor elétrico, menos volumoso do que qualquer motor de combustão interna, implantado na plataforma CMF-EV, permite que o painel de bordo ocupe uma posição mais avançada, de forma a libertar mais espaço para os passageiros - nomeadamente ao nível dos joelhos nos lugares traseiros - e para novos locais de arrumação. A ausência do túnel da transmissão permite, também, oferecer mais espaço para as pernas. Um veículo de um dado segmento poderá agora apresentar uma habitabilidade excecional, digna do segmento superior!
Esta nova plataforma favorece, igualmente, o dinamismo de condução com um chassis e uma estrutura otimizados para o veículo elétrico, bem como um centro de gravidade mais baixo, graças à instalação das baterias sob o piso traseiro.
A modularidade do Morphoz exprime-se através da transformação física que se opera entre as suas duas versões: a versão curta «City» e a versão longa «Travel». O veículo consegue adaptar-se aos diferentes momentos de vida dos seus utilizadores, entre uma utilização quotidiana e os trajetos de férias, por exemplo.
Na versão curta City, o Renault Morphoz tem 4,40 metros de comprimento. A distância entre eixos de 2,73 metros permite-lhe receber, sem problema, os 40 kWh das baterias de que dispõe inicialmente.
Nesta configuração exibe uma assinatura luminosa específica realçada por segmentos de LED suplementares. O seu estilo é também mais acentuado, com um capô curto que simboliza a agilidade de um veículo citadino com motorização elétrica.
Na versão longa Travel, o Morphoz tem 4,80 metros de comprimento. A distância entre eixos progride nas mesmas proporções para 2,93 metros e, assim, a transformação favorece, simultaneamente, a capacidade de incorporação de baterias e o espaço interior.
Esta tecnologia inédita permite integrar mais 50 kWh de baterias (totalizando uma capacidade de 90 kWh) e oferecer mais espaço para as pernas dos passageiros e para bagagem.
O veículo dispõe, assim, de todos os argumentos para enfrentar longas distâncias, com uma transformação, que lhe permite otimizar o aerodinamismo, graças a um perfil e a uma dianteira mais afilados. A versão Travel beneficia de uma identidade dianteira específica.
A capacidade da bateria nominal de 40 kWh, da versão City do Renault Morphoz, proporciona-lhe uma autonomia de 400 km, o que é largamente suficiente para as utilizações urbanas e periurbanas do dia a dia e que que lhe permite responder a mais de 90% das necessidades dos utilizadores.
Para os 10% restantes, que representam as distâncias mais longas, pode ser equipado com um pack suplementar de baterias, segundo o princípio do «Travel Extender».
Numa estação dedicada, o veículo transforma-se na versão Travel, ao mesmo tempo, que uma tampa situada na carenagem do fundo plano se abre por cima da tampa da estação. 50 kWh de baterias são instaladas a bordo do veículo. Em alguns segundos, o MORPHOZ sai da estação com uma autonomia de 700 km se for utilizada a autoestrada.
No regresso, o utilizador passa novamente por uma estação para «devolver» as baterias suplementares e voltar à capacidade inicial de 40 kWh, bem como à configuração City do veículo. A estação carrega, então, as baterias para que fiquem prontas a ser utilizadas. Também pode dar-lhes um uso diferente, enquanto não são instaladas num outro veículo: alimentação de uma estação de carregamento, armazenamento de eletricidade ou iluminação de uma infraestrutura ou edifício próximo, por exemplo.
Quando o condutor se aproxima, o concept-car Renault Morphoz ativa uma sequência luminosa para demonstrar que detetou e reconheceu aquele que se sentará ao volante. Bastará, então, um gesto da mão para que o veículo se destranque e as portas se abram. A abertura antagónica das portas, combinada com a ausência de pilar central, facilita a entrada a bordo dos passageiros, que descobrirão um habitáculo acolhedor, que se transforma para se adaptar às necessidades do condutor e dos passageiros.
O condutor dispõe de um volante futurista, no centro do qual, um ecrã de 10,2 polegadas exibe as principais informações de condução e de segurança. Por trás do volante, estende-se um painel de bordo, a que parece faltar o tradicional quadro de instrumentos e o ecrã Multimédia. Será apenas, se solicitado pelo condutor – que, desta forma, pode escolher libertar-se totalmente de ecrãs – que este painel de bordo se abre para permitir ao quadro de instrumentos LivingScreen expandir-se, graças a uma cinemática de vanguarda. É neste amplo e único ecrã que estão reunidas as informações de condução e as do sistema multimédia.
Esta mudança de apresentação está disponível, tanto na condução manual, como autónoma.
O habitáculo deste concept-car dispõe de um modo «partilha» que permite aos passageiros – mas não ao condutor, que deve manter-se de frente para a estrada – ficarem frente a frente, para momentos de convívio e de partilha de atividades.
Para isso, o banco do passageiro dianteiro pode posicionar-se, de forma totalmente simétrica, em sentido oposto, orientado para a traseira. Os passageiros, que poderão então beneficiar da extensão da consola central, sentir-se-ão como se estivessem numa sala.
Quando se passa do modo City ao modo Travel, os bancos dos passageiros traseiros desfrutam, automaticamente, de uma nova amplitude do espaço interior, que lhes permite recuar os bancos. Os passageiros beneficiam assim, nesta configuração, de mais espaço para as pernas. Também podem sentar-se como num sofá de sala, em volta de uma mesa, simbolizada pelo ecrã da consola central que se expande.
O concept-car Renault Morphoz está dotado do sistema de condução autónoma de nível 3, de entre os 5 definidos pela nomenclatura técnica da SAE International. Igualmente designado por «Eyes off-Hands off», este nível permite ao condutor retirar as mãos do volante, delegando a condução ao veículo num determinado número de situações predefinidas e em vias autorizadas. Pode ser o caso, por exemplo, em autoestrada e em engarrafamentos nas vias rápidas.
O veículo é capaz de gerir a distância que o separa do veículo da frente, manter-se na sua via de trânsito mesmo nas curvas, mudar de via (efetuar uma ultrapassagem, por exemplo) e avançar com segurança num engarrafamento. Mas o condutor deve ser capaz de assumir o controlo do veículo muito rapidamente (em alguns segundos), em caso de perigo potencial ou quando os sensores do veículo deixam de conseguir «ler» corretamente o trajeto. É, por esta razão, que o volante do MORPHOZ mantém o seu lugar, mesmo quando o grande ecrã do quadro de instrumentos é recolhido para o painel de bordo.
O nível 3 da condução autónoma dá ao condutor liberdade de movimento das mãos e dos olhos para, por exemplo, através do sistema multimédia do veículo, ditar emails ou SMS, ler conteúdos multimédia, etc.
No Morphoz, os retrovisores laterais foram substituídos por câmaras digitais HD. As imagens captadas são projetadas em ecrãs interiores e alimentam a inteligência artificial que, combinadas com os dados dos vários sensores exteriores, permitem prevenir o condutor de qualquer perigo potencial.
As jantes de 22 polegadas, totalmente fechadas, permitem reduzir as perturbações dos fluxos aerodinâmicos e melhorar o desempenho do veículo. Os pneus foram otimizados para limitar a resistência ao rolamento.
Tal como os «flaps» das asas dos aviões de caça, a carroçaria ativa Morphoz afasta-se alguns centímetros ao nível dos guarda-lamas traseiros, para permitir o deslizamento do chassis e a passagem de um modo ao outro, preservando a continuidade da superfície.
Há muito tempo que o Grupo Renault trabalha para dar uma segunda vida às suas baterias, à imagem do projeto «Advanced Battery Storage» ou do barco elétrico Black Swan. Agora, com o concept-car Morphoz, concentra-se num outro aspeto: a dupla utilização das baterias.
Quando não são utilizadas para circular, as baterias do MORPHOZ que permanecem no veículo podem alimentar os equipamentos da casa ou do bairro, através de dispositivos de carregamento inteligentes e da tecnologia bidirecional V2G (Vehicle to Grid). As baterias do modo Travel retiradas dos veículos são armazenadas numa estação para servir outros veículos ou alimentar equipamentos, como sejam estações de carregamento de bicicletas em livre serviço, ou a iluminação pública.
Características Técnicas
Comprimento - 4,40 m (versão City) / 4,80 m (versão Travel)
Largura - 2 m
Altura - 1,55 m
Distância entre eixos- 2,73 m (versão City) / 2,93 m (versão Travel)
Motorização - 1 motor elétrico
Baterias - 40 kWh (versão City) / 90 kWh (versão Travel)
Potência - 100 kW (versão City) / 160 kW (versão Travel)
Recarga - indução estática e dinâmica
Rodas motrizes - Frente
Conectividade interna - 5G
Conectividade infraestruturas - Wi-Fi G5
Fonte: Renault Portugal
Sem comentários:
Enviar um comentário