Em 1999, o histórico fabricante romeno Dacia passou a ser parte integrante do Grupo Renault. Mas se este foi o ano do “renascimento” da marca, o sucesso comercial que hoje detém começou a ganhar forma em 2005, com o lançamento da berlina Logan em solo europeu.
Desde aí, a Dacia já conquistou 6,5 milhões de clientes.
Fundada na Roménia em 1966, a marca de automóveis Dacia, sempre esteve ligada à Renault. O primeiro modelo, que apenas estava disponível no mercado local, foi um Renault 8 rebatizado Dacia 1100, que ostentava o símbolo da casa romena e era montado usando componentes construídos em França.
Assim sendo, não é de estranhar que, em 1999, o Grupo Renault tenha passado das intenções aos atos e tenha adquirido a marca Romena, integrando-a no Grupo.
A visão para a Dacia era clara: aproveitar e desenvolver a experiência da marca romena, bem como a sua situação geográfica, para lançar uma berlina de três volumes (quatro portas) com um preço imbatível e que servisse os clientes de uma Europa de Leste que ainda se encontrava em mutação e reconstrução.
O objetivo era muito ambicioso e para ser atingido, o Grupo Renault decidiu optar por uma estratégia completamente disruptiva.
Pela primeira vez na indústria automóvel, o desenvolvimento foi feito tendo sempre presente um teto orçamental, recorrendo ao método “desenvolvimento tendo em conta o custo”, inovador na época, e cuja estratégia virou a lógica tradicional da criação de um novo modelo: sem comprometer a fiabilidade e a segurança, a otimização dos custos tornou-se imperativa em cada etapa do desenvolvimento.
Do princípio ao fim do processo, o preço final seria tido em consideração em todas as opções técnicas.
De acordo com esta estratégia, a utilização de componentes e tecnologias, devidamente comprovadas e amortizadas, do Grupo Renault, foi a chave do sucesso.
Dos estudos iniciais, à conceção e, finalmente, à produção, as equipas da Dacia encarregues do projeto trabalharam como numa start-up: começaram de raiz e com um orçamento apertado.
Finalmente, em 2004, o Dacia Logan vê a luz do dia. Este modelo veio revolucionar o mercado, ao propor um automóvel completamente novo, a um preço muitíssimo reduzido.
Com um preço de aquisição comparável ao de um automóvel usado, o sucesso do Logan é tão grande que, em 2005, acaba por ser lançado comercialmente em toda a Europa.
O Dacia Logan mantém-se em comercialização até hoje e, desde 2004, já vendeu 1,8 milhões de unidades. Uma aposta que se revelou ganhadora desde o primeiro minuto.
Apoiada no sucesso do Logan, a Dacia alarga o portfólio de modelos com o lançamento, em 2007, da primeira geração do Logan MCV e, em 2008, do novo Sandero seguido pela variante mais aventureira, o Sandero Stepway.
Em 2010, nasceu outro conceito revolucionário e, também ele, destinado ao sucesso: O Dacia Duster.
Representando uma mudança de paradigma para o segmento dos SUV compactos, o Duster mantém as características que encontramos em propostas congéneres topo-de-gama, mas, novamente, a um preço muito mais acessível.
Fiéis aos princípios da marca (habitabilidade referencial, simplicidade, robustez, fiabilidade e preços recordistas), os dois novos modelos foram (e são) um verdadeiro sucesso comercial.
O Sandero (incluindo a variante Stepway) foi o automóvel mais vendido a clientes particulares, em 2018, tendo já comercializado 2,1 milhões de unidades desde que foi apresentado.
O Duster segue o estrondoso sucesso da gama Dacia, com 1,6 milhões de unidades vendidas desde 2010.
A gama Dacia continuou a sua evolução, acrescentando às suas fileiras, em 2007, o Logan MCV (carrinha), seguida pelo Lodgy (monovolume) e em 2012, o Dokker (monovolume e comercial Van).
Graças à imagem conquistada e à lealdade dos clientes, a Dacia já é a 5ª marca europeia nas vendas a privados. Um percurso notável em tão pouco tempo.
Apesar da sua longa história, a Dacia é uma marca moderna, que sabe ouvir os seus clientes e que está consciente das questões colocadas pela mobilidade do futuro.
Respondendo ao desafio da sustentabilidade e da defesa ambiental, a Dacia é o único construtor que oferece versões bi-fuel (gasolina e GPL) em todas as gamas de modelos de passageiros. Esta solução não só representa uma redução evidente nas emissões de CO2, como baixa consideravelmente os custos de utilização.
Mas porque a mobilidade sustentável está no centro das prioridades do Grupo Renault e porque esta preocupação já faz parte da consciência e do quotidiano da maioria dos condutores, a próxima revolução na Dacia compreenderá, a oferta de automóveis elétricos de cariz económico.
Nesse sentido, em março deste ano, a marca apresentou o concept Spring, que antevê um automóvel elétrico compacto e de cariz urbano, com um desenho moderno e atraente.
Com 200 km de autonomia (WLTP), o versátil Spring está perfeitamente adaptado a uma utilização citadina e extraurbana.
O primeiro automóvel 100% elétrico da DACIA será, igualmente, o primeiro citadino a ostentar o símbolo da marca.
A Dacia em Portugal
Foi no Salão de Lisboa de 2008 que a marca foi pela primeira vez mostrada ao público Português. A gama de lançamento era constituída por uma única versão do modelo Logan MCV, disponível apenas com a motorização diesel 1.5 dCi.
No início, apenas alguns concessionários da rede Renault vendiam a marca Dacia, cuja exposição ocupava um pequeno espaço nos showroom da marca Renault.
Hoje, a totalidade da Rede de concessionários Renault, em Portugal, vende, também, a Dacia, que foi gradualmente conquistando o seu espaço, até à atual situação, em que os showroom Dacia são exclusivos e com um branding de marca próprio.
De marca “low-cost”, até à marca “smart choice”, foi este o percurso percorrido pela marca em Portugal onde, como em toda a Europa, se tornou um sucesso.
Os dados disponíveis apontam para que a Dacia ocupe um lugar no Top 5 no ranking de marcas, no que diz respeito às vendas em Portugal a clientes particulares.
Os três últimos anos representaram exatamente 50% das vendas da marca em Portugal, ao longo de 12 anos.
O Dacia Sandero ocupa uma posição do Top 20 dos modelos mais vendidos em Portugal e o icónico Dacia Duster é um modelo de topo no ultra concorrencial segmento dos SUV.
Uma curiosidade: em abril de 2020, a marca ultrapassou, num mês, a fasquia dos 6% (6,45) de quota de mercado e instalou-se como a 5ª marca mais vendida em Portugal, no mercado de Veículos de Passageiros.
Vendas da marca em Portugal (Passageiros + Comerciais Ligeiros) de 2008 até abril de 2020 – 44.996
Modelos mais vendidos em 12 anos -
Dacia Sandero – 19.637 unidades
Dacia Duster – 10.663
Dacia Logan MCV – 7.489
Melhores anos de vendas -
2017 – 6.900 unidades
2019 – 6.851 unidades
2018 – 6.849 unidades
Fonte - Dacia Portugal
Sem comentários:
Enviar um comentário