O Opel Ampera foi extremamente bem recebido em todos os quadrantes. Mais de 5000 “e-pioneiros” assumiram-se como potenciais clientes, mesmo antes de o modelo estar à venda.
Também os especialistas da imprensa ficaram igualmente bem impressionados. Composto por jornalistas internacionais das principais publicações do sector, o painel de jurados atribuiu ao Opel Ampera – e, por inerência, ao seu “irmão” Chevrolet Volt – o título de “Carro do Ano 2012” na Europa.
Num teste de longa duração, iniciado nesse mesmo ano pelo clube automóvel alemão ADAC, o Ampera demonstrou a sua robustez ao cumprir mais de 200.000 km, em oito anos.
Não satisfeito apenas com a popularidade e prémios conquistados, o Ampera comprovou também as suas valências na competição. Em 2012, o EREV1 da Opel venceu o 13º Rali de Monte Carlo para automóveis elétricos e sistemas de propulsão alternativos.
O Ampera vencedor foi conduzido pelo lendário piloto de ralis francês Bernard Darniche, acompanhado por Joseph Lambert. Outros três Ampera terminaram a prova entre os dez primeiros classificados.
Tão revolucionário como o exclusivo sistema de propulsão elétrica Voltec foi o atraente ‘design’ do Ampera.
O estilo elegante e aerodinamicamente eficiente envolve um habitáculo onde os mostradores e indicadores convencionais foram substituídos por ecrãs policromáticos de alta definição e com funcionalidade ‘touch-screen’.
O habitáculo reflete a natureza inovadora do sistema de propulsão do Ampera. Em frente do condutor, o painel de instrumentos convencional cedeu o seu lugar a uma consola de informações para o condutor, consistindo num ecrã gráfico configurável.
Tal como se espera num modelo compacto moderno e versatilidade de cinco portas, tem uma acomodação confortável para quatro adultos e uma capacidade de carga entre os 310 e os 1.005 litros (bancos traseiros em posição normal ou rebatidos).
A tração das rodas dianteiras da Ampera é sempre elétrica. Um ‘pack’ de baterias de iões de lítio de 16 kWh alimenta uma avançada unidade de propulsão elétrica de 111 kW/150 cv para proporcionar, quando totalmente carregada, entre 40 a 80 km de mobilidade totalmente elétrica, de zero emissões (dependendo do percurso, estilo de condução e temperatura).
De acordo com as normas de medição de consumo de combustível e de emissões de CO2 da época, o Ampera consumia 1,2 l/100 km e emitia 27 g/km de CO2 (valores em ciclo misto NEDC).
Em estrada, o sistema de motorização do Ampera garantia um desempenho realmente dinâmico. O binário instantâneo de 370 Nm permitia-lhe acelerar dos zero aos 100 km/h em cerca de nove segundos e alcançar uma velocidade máxima de 161 km/h.
O Ampera proporciona uma condução elétrica praticamente sem ruído, fruto da motorização a bateria e um desempenho suave no modo de funcionamento com extensor de autonomia.
Graças à intervenção do extensor de autonomia do Ampera, os utilizadores podem contar com uma utilização tranquila e sem ansiedade em relação há autonomia, pois nunca ficam limitados devido a uma bateria sem carga.
Além de circulação com zero emissões, o Ampera proporcionava também uma autonomia total de condução superior a 500 quilómetros, graças ao motor a gasolina que desempenhava o papel de extensor de autonomia.
O motor a gasolina servia ainda para gerar eletricidade quando a bateria atingia o seu nível mínimo de carga.
Localizada sob o capô, ao lado do motor a gasolina, a unidade de motorização elétrica consiste num motor de tração elétrico, um gerador/motor elétrico e um conjunto epicicloidal de engrenagens planetárias, que melhoram a eficiência geral, reduzindo a velocidade de rotação combinada dos motores elétricos.
Ao contrário do que acontece num grupo propulsor convencional, não existem relações de transmissão definidas.
No modo extensor de autonomia, acionado sempre que a bateria atinge a sua carga mínima, a força motriz proveniente de um gerador é enviada à unidade de propulsão elétrica. O gerador é acionado por um motor a gasolina de 1,4 litros e 86 cv de potência.
Na maioria das situações, os condutores selecionam um dos dois principais modos de condução: “Normal” e “Sport”, este último aumentando a sensibilidade do pedal do acelerador.
Existem dois modos adicionais para situações especiais de condução: “Mountain”, que assegura que a bateria possui energia suficiente para uma condução sustentável em estradas de montanha, e “Hold-charge”, que retém a capacidade restante de energia da bateria ao acionar o motor a gasolina.
O ‘pack’ de baterias, em forma de “T” e com 198 kg peso, tem uma capacidade instalada de 16 kWh e encontra-se alojado no túnel central do veículo. Compreende 288 células de baterias de iões de lítio e utiliza um sistema de gestão térmica a líquido.
Na época, era a única bateria produzida em série que podia ser aquecida ou refrigerada - uma estreia absoluta na indústria automóvel.
O Ampera era entregue aos clientes com um cabo de carregamento de seis metros de comprimento, adequadamente alojado na bagageira.
Utilizando uma tomada de 230 V de 6A ou 10A, os seus proprietários podiam carregar totalmente a bateria em cerca de nove ou cinco horas, respetivamente, bem como programar o horário de carregamento.
O Ampera tem uma dinâmica igual à de um modelo Opel convencional. Desenvolvido pelos engenheiros da Opel em Rüsselsheim, as características dos componentes do chassis foram aperfeiçoadas para ir ao encontro das expectativas dos clientes mais exigentes.
A suspensão dianteira é do tipo McPherson, com braços inferiores em alumínio e casquilhos hidráulicos.
A suspensão traseira semi-independente conta com barras de torção compostas, que aliam as vantagens das dimensões compactas de uma barra de torção convencional com o baixo peso e o controlo mais eficaz do camber das rodas.
O avançado sistema de recuperação de energia cinética em desaceleração maximiza a energia gerada durante a travagem. Permitindo obter os níveis máximos de travagem regenerativa através do motor elétrico, o sistema recarrega a bateria ao travar.
O Opel Ampera tornou-se rapidamente no automóvel elétrico mais vendido na Europa em 2012, com 6631 unidades, representando cerca de 21,0% do segmento europeu de veículos elétricos. Os seus principais mercados foram, por esta ordem, a Holanda, a Alemanha e o Reino Unido.
No final da produção, em 2015, as vendas do Ampera somavam mais de 10 mil unidades.
Fonte: Opel Portugal
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