A Suzuki voltou a entrar na luta pela supremacia na classe das naked, elevando a fasquia e não fazendo a coisa por menos pois, tanto o motor, como parte da ciclística são provenientes da super desportiva GSXR 750 de 2009.
Com as devidas alterações a marca japonesa,
conseguiu juntar o melhor dos dois mundos: de um lado, comporta-se como uma
desportiva de corpo e de alma, ajudada por umas prestações de eleição e do
outro, a facilidade de condução, podendo ser utilizada diariamente para
enfrentar o trânsito intenso das nossas cidades, mesmo por condutores menos
experientes.
O propulsor perdeu alguma potência, debitando agora 106
cv às 10,000 rpm, ganhando no entanto no binário, tendo agora mais alma nos
baixos regimes, o que torna a GSR 750 mais amiga da condução citadina, onde se
consegue rodar a 60/70 km/h em sexta velocidade, sem que seja necessário engrenar uma ou
duas velocidades abaixo, sempre que queremos aumentar de velocidade.
Nestas
condições a GSR sobe de rotação de forma tranquila, mas decidida, mostrando que
este motor, conhecido pela sua agressividade a altas rotações, também consegue
ter um comportamento bastante tranquilo, quando o condutor assim deseja.
Claro que, se “picarmos o boi”, que é como quem diz,
metemos duas ou três mudanças abaixo e rodamos o punho do acelerador com
convicção, não deixando que a rotação desça abaixo das 6000 rpm, aí percebemos
que a alma da GSXR 750 ainda está bem presente, e a GSR 750 calma e dócil,
rapidamente se transforma numa verdadeira R, “devorando” num ápice, tudo o que
seja reta ou curva lhe apareçam pela frente!
Ao nível da ciclística, temos à frente uma forquilha
invertida e na traseira um mono-amortecedor. Está lá tudo, mas comparando com a
GSXR estamos perante uma posição de condução diferente, não tão radical e mais
amiga do condutor.
Aliás, levando em conta que estamos perante uma naked
desportiva, atrevo-me a dizer que esta moto até é confortável.
Quando se
adquire uma moto com estas características, algumas concessões têm de ser
feitas e uma delas é sem dúvida no que diz respeito ao lugar para o passageiro.
Não existem milagres e para quem ali se senta, pode ser um
verdadeiro calvário, fazer uma viagem mais longa.
Pessoalmente preferia um guiador de menores dimensões, pois
as suas dimensões, por vezes atrapalham um pouco quando circulamos no meio de
dos carros, mas deixando a confusão do trânsito para trás é perfeito.
Durante este contacto, por duas ou três vezes passei com
grande facilidade dos 200 km/h - numa das vezes cheguei aos 238 km/h -, sentido
que este quatro cilindros em linha, ainda tinha muito mais para dar!
O consumo médio realizado durante este “Contacto”, foi de
5,8 L por cada 100 km percorridos, indicado no computador de bordo.
Resumindo, a Suzuki aproveitando o seu know-how, no que
diz respeito à mítica GXSR 750, construiu uma moto com personalidade própria, de
linhas modernas e agressivas, comportamento que mistura a agressividade de uma
GSXR, com a docilidade de uma Bandit, ocupando por direito próprio um lugar de
topo, na muito competitiva classe das naked.
Informação Técnica
Motor - 4 cilindros,
a 4 tempos, DOHC, refrigeração liquida
Cilindrada – 749 cm3
Potência – 106 cv às 10.000 rpm
Binário – Nm 80,02
Alimentação – Injeção eletrónica
Transmissão - 6
velocidades
Suspensões
Dianteira - Forquilha telescópica hidráulica invertida
Traseira - Braço oscilante com amortecedor hidráulico
Travões –
Dianteiro - Duplo disco 310 mm
Traseiro – Disco 240 mm
Pneus
Dianteiro - 120/70 ZR17 M/C (58W
Traseiro -180/55 ZR17 M/C (73W
Depósito de combustível - 17.5 L
Peso - 213 kg
Agradecimento
Veículos Casal
Migtec Motos
Avaliação
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Avaliação
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Carlos Veiga (2013)
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