23 de julho de 2013

Contacto - Suzuki GSR 750


A Suzuki voltou a entrar na luta pela supremacia na classe das naked, elevando a fasquia e não fazendo a coisa por menos pois, tanto o motor, como parte da ciclística são provenientes da super desportiva GSXR 750 de 2009. 


Com as devidas alterações a marca japonesa, conseguiu juntar o melhor dos dois mundos: de um lado, comporta-se como uma desportiva de corpo e de alma, ajudada por umas prestações de eleição e do outro, a facilidade de condução, podendo ser utilizada diariamente para enfrentar o trânsito intenso das nossas cidades, mesmo por condutores menos experientes.


O propulsor perdeu alguma potência, debitando agora 106 cv às 10,000 rpm, ganhando no entanto no binário, tendo agora mais alma nos baixos regimes, o que torna a GSR 750 mais amiga da condução citadina, onde se consegue rodar a 60/70 km/h em sexta velocidade, sem que seja necessário engrenar uma ou duas velocidades abaixo, sempre que queremos aumentar de velocidade. 
Nestas condições a GSR sobe de rotação de forma tranquila, mas decidida, mostrando que este motor, conhecido pela sua agressividade a altas rotações, também consegue ter um comportamento bastante tranquilo, quando o condutor assim deseja.

Claro que, se “picarmos o boi”, que é como quem diz, metemos duas ou três mudanças abaixo e rodamos o punho do acelerador com convicção, não deixando que a rotação desça abaixo das 6000 rpm, aí percebemos que a alma da GSXR 750 ainda está bem presente, e a GSR 750 calma e dócil, rapidamente se transforma numa verdadeira R, “devorando” num ápice, tudo o que seja reta ou curva lhe apareçam pela frente!

Ao nível da ciclística, temos à frente uma forquilha invertida e na traseira um mono-amortecedor. Está lá tudo, mas comparando com a GSXR estamos perante uma posição de condução diferente, não tão radical e mais amiga do condutor. 
Aliás, levando em conta que estamos perante uma naked desportiva, atrevo-me a dizer que esta moto até é confortável. 


Quando se adquire uma moto com estas características, algumas concessões têm de ser feitas e uma delas é sem dúvida no que diz respeito ao lugar para o passageiro. Não existem milagres e para quem ali se senta, pode ser um verdadeiro calvário, fazer uma viagem mais longa.


Pessoalmente preferia um guiador de menores dimensões, pois as suas dimensões, por vezes atrapalham um pouco quando circulamos no meio de dos carros, mas deixando a confusão do trânsito para trás é perfeito.


Durante este contacto, por duas ou três vezes passei com grande facilidade dos 200 km/h - numa das vezes cheguei aos 238 km/h -, sentido que este quatro cilindros em linha, ainda tinha muito mais para dar!


O consumo médio realizado durante este “Contacto”, foi de 5,8 L por cada 100 km percorridos, indicado no computador de bordo.


Resumindo, a Suzuki aproveitando o seu know-how, no que diz respeito à mítica GXSR 750, construiu uma moto com personalidade própria, de linhas modernas e agressivas, comportamento que mistura a agressividade de uma GSXR, com a docilidade de uma Bandit, ocupando por direito próprio um lugar de topo, na muito competitiva classe das naked.


Informação Técnica

Motor - 4 cilindros, a 4 tempos, DOHC, refrigeração liquida

Cilindrada – 749 cm3

Potência – 106 cv às 10.000 rpm

Binário – Nm 80,02

Alimentação – Injeção eletrónica

Transmissão - 6 velocidades

Suspensões
Dianteira - Forquilha telescópica hidráulica invertida
Traseira - Braço oscilante com amortecedor hidráulico

Travões –
Dianteiro - Duplo disco 310 mm
Traseiro – Disco 240 mm

Pneus
Dianteiro - 120/70 ZR17 M/C (58W
Traseiro -180/55 ZR17 M/C (73W

Depósito de combustível - 17.5 L

Peso - 213 kg


Agradecimento

Veículos Casal

Migtec Motos

Avaliação


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 Carlos Veiga (2013)


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